A bigorna e o martelo

“Sempre recorrer a Deus e confiar-se à sua luz. E esta é aquela verdadeira bigorna que não a deixará recear na tribulação, nem aos do martelo, isto é, do demônio e que impere que a vitória seja nossa”. (S. Catarina de Bolonha, OSC)


Do Autografo de S. Catarina de Bolonha, OSC


E nota essas três coisas: ou seja, o vaso é a alma, o martelo é o demônio e a bigorna é Jesus Cristo bendito, no qual alma deve repousar quando é abatida pelo demônio com sua tentação e com seus golpes que flagelam a alma.

E sempre ela deve estar com ânimo, a fim de que possa receber os golpes com resistência e nunca se deixar entristecer nem se arrastar pela indolência, por causa de nenhuma tentação, por maior que seja. Antes, deve sempre recorrer a Deus e confiar-se à sua luz. E esta é aquela verdadeira bigorna que não a deixará recear na tribulação, nem aos do martelo, isto é, do demônio e que impere que a vitória seja nossa.

De resto com todos deve ser humilde e com Deus e sua criatura: mas com o diabo, convém ser soberbo, isto é, não ter medo dele, nem temer a sua ameaça, pelo que diz São Jerônimo que não possui mais força que uma formiga. Louvor a Deus. Amém!


(Archivio dela B.a Cat.a, Corpus Domini, Libro 3, n. 1 – Autografo di S. Catarina, Bologna, Arch. Arcivescovile, sec. XV.)

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