Beata Salomé da Cracóvia, OSC

beata salomé de cracóvia

Em Cracóvia, na Polônia, beata Salomé, rainha de Halicz (Galizia), que, falecido seu esposo, o rei Colomano, professou a Regra das clarissas e desempenhou santamente o ofício de abadessa em um mosterio fundado por ela mesma. (Martirológio)

Memória litúrgica: 18 de novembro
(Calendário Romano-Seráfico)


Salomé, princesa polaca, nasceu em 1211, filha de Leszek, príncipe da Cracóvia, irmã do virginal esposo de Santa Cunegundes, Boleslaw, e prima de Santa Inês de Praga. Sua ãe, a senhora Grzymisława, foi caracterizada por uma animada piedade e generosidade em conceder privilégios a igrejas e mosteiros. Salomé aprendeu a ver, desde pequenina, a Santa Igreja e seus pastores como guias espirituais.

Aos 3 anos de idade foi confiada ao Bispo da Cracóvia, o Beato Vicêncio Kadlubek, para que a conduzisse à corte do soberano húngaro, André II, pois um acordo tornara-a prometida como esposa de seu filho, Kálmán (nome latinizado para Colomano), de seis anos. Colomano era irmão de Santa Isabel. A menina desde pequena passou a viver na corte do futuro sogro.

Com a autorização do Papa Inocêncio III, no mesmo ano, as duas crianças foram coroadas e “governaram”, Halicz por cerca de três anos, até a invasão da mesma pelo príncipe da Rutênia, Mistislaw, que os fez prisioneiros. Durante sua prisão, Salomé, que tinha cerca de nove anos, pronunciou um voto conjunto de castidade com seu noivo.

Quando os húngaros reconquistaram Halicz, os dois foram libertados e, finalmente, o casamento foi solenemente celebrado. Salomé tinha 13 anos.

Diante das seitas difundidas, os jovens esposos promoveram a fé católica, para a qual o Papa Gregório IX lhes concedeu cuidados e privilégios especiais. Também conheceram a Ordem Franciscana e se tornaram terciários. Ambos se comprometeram desde o início a uma vida de virgindade, que eles confirmaram com um voto de castidade. Salomé, apesar de sua beleza, evitava a companhia de homens, vestia-se modestamente, e não tomava parte nas festas e diversões da corte, dedicando o tempo livre à oração. Em sua corte cresceu a pequena Cunegundes, futura santa clarissa, que estava prometida a Bolesław, o casto.

Colomano governou a Dalmácia e a Eslovênia até 1241, ano de sua morte. Salomé, viúva aos 30 anos, retornou à corte de seu irmão, Bolesław e renunciou ao reino em favor de seu irmão; Empregou seus muitos bens em benefício dos pobres e na construção de igrejas. Voltou para a Polônia; fundou um mosteiro de Clarissas em Zawichost. As primeiras irmãs vieram do mosteiro de Praga, enviado por Santa Inês da Praga. Ali, Salomé vestiu o hábito das Irmãs Pobres em 1245. Cedo as irmãs a elegeram como abadessa.

Em 1259 experimentou de maneira mais dura a ameaça dos Tártaros. Estes invadiram o mosteiro e mataram quase todas as irmãs. Ir. Salomé, com as poucas sobreviventes dirigiram-se para o mosteiro de Skala fundado por ela com o auxílio de Boleslaw, o casto. Esta mudança foi aprovada pelo Papa Alexandre IV em 1260, passando a denominar-se de Mosteiro de Santa Maria das Estrelas.

Salomé viveu como uma Clarissa pobre por 23 anos e testemunhou penitência intensa, observância do silêncio e profunda devoção à Virgem Maria.

No dia 17 de novembro de 1268 foi agraciada com uma aparição da Santíssima Virgem e de seu Filho.

Então, reuniu suas Irmãs e as exortou à mútua caridade, à paz, à pureza de coração, à obediência sem limites e ao desprendimento das coisas do mundo. Pouco depois as Irmãs viram uma pequena estrela que, saindo da bem-aventurada, se dirigia ao Céu.

Ir. Salomé de Cracóvia havia entregado sua bela alma a Deus na idade de 57 anos, durante uma Santa Missa, como havia predito.

Seus despojos foram transladados mais tarde para a igreja dos Franciscanos de Cracóvia, onde se encontram até hoje. Apenas um ano depois, em 1269, este mosteiro foi devastado pelos Tártaros, martirizando todas as irmãs: 60 monjas, e diante delas sua abadessa a beata Inês Yastrzebska. O mosteiro foi transfrido posteriormente para Cracóvia.

Seu culto foi aprovado pelo Papa Clemente X em 17 de maio de 1672. 


FONTES:
– As clarissas através dos séculos, Fr. Ignacio Omaechevarría (Tradução: Ir. Benvenuta)
– https://www.klaryski.pl/
Compilação e adaptação:
Mosteiro Maria Imaculada

Categorias

Tags: