“A festa do Santo Patriarca, muito tempo antes que fosse estendida a toda a Igreja, foi criada e estabelecida na Ordem Franciscana em 1399.”
Na Ordem Franciscana floresceu, em um modo especialíssimo a devoção ao Senhor Jesus Cristo nos mistérios do Natal, da Paixão e da Eucaristia. De igual modo floresceu a devoção à Imaculada Virgem e a São José.
De fato, São José entra na Liturgia Franciscana já no Natal de 1223, na primeira representação do presépio, em Greccio, pelo próprio São Francisco de Assis.
O culto a ele pois, estabelecido já na Igreja Grega, foi coletado pelos franciscanos no seu convento da Terra Santa, especialmente no Santuário da Anunciação, em Nazaré, onde foi a primeira casa da Santíssima Virgem e de São José, e no Santuário onde havia a pobrezinha oficina de São José; donde o culto se espalhou para toda a Ordem.
Nesta época, as várias Ordens Religiosas foram inserindo a Festa de São José em seus calendários: os Carmelitas, os Servos de Maria (1324), os Franciscanos (1399); vieram em seguida os Dominicanos e Premontatenses, ao passo que ela não se acha entre Cartuxos, Cistercenses e Cluniacenses.
A festa do Santo Patriarca, muito tempo antes que fosse estendida a toda a Igreja, foi criada e estabelecida na Ordem no Capítulo Geral, realizado em Assis, em 1399, usando como texto litúrgico, na missa, o Comum dos confessores. Mas Francisco Fiorentini, em seu livro: “O mais antigo Martirológio da Igreja Ocidental atribuido a São Jerônimo” (Lucca, 1668), seria testemunha de uma festa de São José em vigor na ordem desde o séc. XIII.
No séc. XV, São José foi invocado, pelos Franciscanos, “contra o flagelo da usura” e como “Padroeiro das Casas de Penhores”. Memória viva deste último fato é o nome que elas recebem no sul da Itália, onde são chamadas “Casas de São José”.
Entre os Santos Franciscanos, quem com mair zelo propagou a devoção a São José, foi São Bernardino de Sena (+1444), que foi o panegirista do Esposo da Virgem. Entre outras coisas, diz que podemos acreditar piamente que São José foi assunto em corpo e alma ao céu, como a Virgem Maria:
“Se o Divino Salvador, para satisfazer a sua piedade filial, querendo glorificar a Virgem Santíssima com a assunção de corpo e alma ao céu, pode-se acreditar piamente que não fez menos com São José”.
A festa de 19 de março entrou no Breviário e no Missal Romano em 1479 por obra do franciscano, S.S. Sisto IV; mas limitadamente à cidade de Roma. A pedido dos Menores Conventuais, o mesmo Pontífice aprovou uma missa de São José, de rito simples, que mais tarde o Papa Inocente VIII promoveu a festa de rito duplo.
A festa dos “Esponsais de Maria Santíssima como São José” foi concedida à Ordem pelo Papa Paulo III, em 1537, que a adotaram em honra a Nossa senhora, seguidos depois por muitas outras Ordens Religiosas.
Foi um Terciário (OFS) Franciscano, o Papa Pio IX que declarou São José Patrono da Igreja Universal; um outro Terciário Franciscano, o Papa Bento XV que, em 9 de abril de 1919, introduziu no Missal um prefácio especial em honra do Esposo Virgem da Imaculada.
Fontes:
https://www.amoranossasenhora.com.br/curso-de-josefologia-33/
https://www.salvemaliturgia.com/2010/03/sao-jose-patrono-da-igreja-universal-e.html